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domingo, 23 de novembro de 2008

JERICÓ A CIDADE MAIS VELHA DO MUNDO

Jericó goza atualmente do prestígio que lhe deu a arqueologia, de ser chamada "a cidade mais antiga do mundo". O título é talvez arriscado mas as escavações efetuadas no suposto lugar da cidade designada no Antigo Testamento com este nome, tem revelado que ao menos existia uma cidade fortificada há aproximadamente seis mil anos antes do acontecimento descrito no livro de Josué. A antigüidade conheceu duas cidades de Jericó. A do Antigo Testamento, a atual Tel es Sultan, remonta ao décimo milênio antes de Cristo e foi ocupada de maneira permanente desde o quinto milênio antes de Cristo. Na época que foi tomada pelos homens de Josué a cidade já existia desde a mais de 6.000 anos. A cidade é formada por escombros amontoados de várias cidades, muitas vezes milenares. A Jericó do Novo Testamento encontrava-se mais a sul, nas proximidades de confluência do uadi Qelt e do Jordão. Poderosa praça forte edificada pelos Asmoneus, foi consideravelmente ampliada por Herodes, o Grande.
O Antigo Testamento chama Jericó de "cidade das Palmeiras" (Juízes 3:13). Jericó encontra-se a 13 km a nordeste do mar morto. Foi tomada por Josué e seus homens, no século XIII a. C., possuía muralhas que serviam para defender a cidade do assalto de populações vizinhas que vinham em busca de alimento. Ela é narrada na Bíblia como a primeira cidade atacada por Josué e os israelitas quando eles entraram na terra prometida (Josué 6: 1-27).
Depois de ter tomado e destruído Jericó, Josué botara a cidade ao anátema: Maldito seja diante de Iahweh, o homem que se levantar para reconstruir esta cidade (Jericó)! Lançará seus fundamentos sobre o seu primogênito, e colocará as suas portas sobre o seu filho mais novo! (Josué 6:26). Quando ocorreu a partilha do território conquistado, Jericó foi atribuída a tribo de Benjamin (Josué 18:21). No tempo dos Juízes Jericó foi tomada por Eglon, rei de Moab (Juízes 3:12-13).
A cidade se encontra atualmente exageradamente cortada e escavada pelas explorações dos investigadores: Charles Waren que explorou sem grande êxito (1867-1869) e depois as explorações eficazes de Sellin e Watzinger (de 1907 a 1911), Garstang (de 1930 a 1936) e Katheleen Kenyon (de 1951 a 1958). A arqueologia permitiu precisar a sucessão dos vários períodos de ocupação do local e os indícios recolhidos permitem apenas imaginar como foi a vida comunitária e o habitat detrás das muralhas.

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