O conhecido pastor e escritor Mark Driscoll, da megaigreja Mars Hill de Seattle, escreveu uma carta onde tenta explicar as controvérsias recentes envolvendo o seu nome. Isso inclui confessar que plagiou trechos de seus livros, incluindo o mais recente, “Real Marriage” [Casamento Real] que chegou a figurar na lista dos mais vendidos do jornal New York Times.
Nos últimos anos Driscoll tem sido um dos pastores mais influentes nos círculos evangélicos, influenciando igrejas em várias partes do mundo. Além de seus sermões serem amplamente divulgados na internet, ele lidera uma rede de plantação de igrejas chamada Atos 29.
A Mars Hill atrai todo domingo cerca de 14 mil pessoas, com cultos transmitidos para 15 templos de cinco Estados. Driscoll explicou que está decidido a “dar um tempo” da internet e cancelou sua participação em eventos fora de sua igreja neste ano.
“Eu não vejo como posso ser uma celebridade e também um pastor, por isso estou feliz em abrir mão do primeiro para que possa focar no segundo”, escreveu. Driscoll já havia pedido desculpas à sua igreja em 2007, confessando sua “falta de humildade”.
No início deste mês, a revista cristã World denunciou que Driscoll contratou uma empresa para comprar exemplares do livro Real Marriage, que escreveu junto com sua esposa, Grace. A estratégia fez com que a publicação chegasse ao topo das listas de mais vendidos durante semanas.
Na carta postada na internet, o pastor se desculpou por ter usado essa forma de marketing. “Eu sinto muito por ter usado essa estratégia, e nunca mais vou usá-la… Também já pedi que minha editora não use mais o selo de ‘Número 1 da lista do New York Times’ em futuras publicações, e também vamos remover isso de publicações passadas.”
O líder da Mars Hill anunciou ainda que as críticas constantes nas redes sociais o fizeram decidir que se afastará das mídias sociais até o fim de 2014 e “repensar” sua vida e ministério. “Eu entendo que as pessoas que testemunharam o meu pecado estão machucados… Estou profundamente entristecido e até mesmo deprimido pela dor que causamos. Muitos optaram por expor as suas preocupações on-line, e peço desculpas por qualquer dor que isso possa ter causado”.
O porta-voz da igreja, Justin Dean, confirmou que a carta foi escrita por Driscoll, acrescentando que o pastor não estava disponível para entrevistas.
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