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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Justiça condena TV Bandeirantes após considerar preconceituosos comentários de Datena contra ateus


A TV Bandeirantes terá que dedicar 50 minutos de sua programação, durante o programa "Brasil Urgente", à veiculação de esclarecimentos à população sobre liberdade de consciência e de crença. A decisão é da Justiça Federal de São Paulo que considerou preconceituosos os comentários que o apresentador José Luiz Datena fez em relação aos ateus, em um programa exibido em 2010.
Embora a Justiça não tenha marcado a data para exibição do conteúdo, que será fornecido pelo Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP), a veiculação deverá ocorrer assim que a TV Bandeirantes for notificada da decisão, o que ainda não ocorreu. Caso descumpra a determinação judicial, a emissora pagará uma multa de R$ 10 mil por cada dia de descumprimento.

O polêmico programa que gerou a batalha na Justiça foi ao ar no dia 27 de julho de 2010. Datena teria relacionado a execução de um jovem à "ausência de Deus". "Um sujeito que é ateu não tem limites, e é por isso que a gente vê esses crimes aí", afirmou o apresentador.
A reportagem sobre a morte do garoto ficou no ar por 50 minutos, e durante a matéria, Datena, que dialogava com o repórter Márcio Campo, fez vários comentários em que fez referências a pessoas que não creem em Deus. "Esse é o garoto que foi fuzilado. Então, Márcio Campos, é inadmissível; você também que é muito católico, não é possível, isso é ausência de Deus, porque nada justifica um crime como esse, não Márcio?"
Repercussão
Após a exibição do programa, o MPF-SP entrou com uma ação civil pública contra a TV Bandeirantes. Para o procurador que atuou no processo, Jefferson Aparecido Dias, "a emissora prestou um desserviço para a comunicação social, uma vez que se portou de forma a encorajar a atuação de grupos radicais de perseguição a minorias, podendo, inclusive, aumentar a intolerância e a violência contra os ateus".
Para o procurador, "em todo o tempo em que a matéria ficou no ar, Datena associava aos ateus a ideia de que só quem não acreditava em Deus poderia ser capaz de cometer tais crimes".
Além disso, o MPF-SP alegou que Datena atribuiu os males do mundo aos "descrentes", ao dizer que "é por isso que o mundo está essa porcaria. Guerra, peste, fome e tudo mais, entendeu? São os caras do mau. Se bem que tem ateu que não é do mau, mas, é ..., o sujeito que não respeita os limites de Deus, é porque, não sei, não respeita limite nenhum."
Defesa
Na Justiça, a TV Bandeirantes alegou que "em hipótese alguma a emissora ou o apresentador cometeu preconceito de qualquer espécie contra os ateus". Ressaltou que Datena foi incisivo ao ratificar que a sua crítica não era generalizada, uma vez que, no seu entendimento, "determinados indivíduos, ainda que não temente a Deus, jamais seriam capazes de operar qualquer conduta criminosa e que são pessoas do bem".
Procurada por meio da assessoria de imprensa, a Band preferiu não comentar o assunto. Apenas informou que ainda não foi notificada da decisão mas, quando for, irá recorrer.
Condenação
Para o juiz federal Paulo Cezar Neves Junior, "a emissora agiu no trilho da discriminação específica e direcionada quando o apresentador José Luiz Datena afirmou expressamente que ‘quem não acredita em Deus não precisa lhe assistir’". Ainda de acordo com Neves Junior, Datena ratificou este posicionamento socialmente excludente no momento em que disse não fazer "questão nenhuma que ateu assista seu programa".
Ponderou o juiz que não há quaisquer dados científicos ou estudos que demonstrem que os ateus estejam consideravelmente atrelados à prática de crimes e demais barbáries vistas em nossa sociedade, como a colocada como referência no programa.
Concluiu Neves Junior que, embora o apresentador tenha feito certa ressalva em algum momento de seus apontamentos negativos, seus comentários "não se restringiram à mera crítica ou manifestação de opinião sobre determinado tema", o que teria ficado evidenciado no trecho do programa em que diz: "Ah Datena, Mas tem pessoas que não acreditam em Deus e são sérias. Até tem, Atém tem, mas eu costumo dizer que quem não acredita em Deus não costuma respeitar os limites, porque se acham o próprio Deus".
Rogério Barbosa
Do UOL, em São Paulo

Obama defende a divisão de Jerusalém

Americanos vão pressionar Israel para novas negociações de paz
Obama defende a divisão de Jerusalém

Após serem ambos reeleitos, Barack Obama e o premier israelense Benjamin Netanyahu devem continuar se desentendendo em termos ideológicos e diplomáticos.
Recentemente, o conceituado analista político Jeffrey Goldberg afirmou que Obama considera Netanyahu um “covarde político”, que conduz Israel a um isolamento internacional.
O resultado da eleição em Israel mostra que o bloco de direita e religioso obteve a maioria por uma pequena margem, o que enfraquece a coalizão governista, a Likud-Beiteinu.
Portanto, Netanyahu deve enfrentar uma maior pressão para combater a tentativa de reconhecimento do Estado Palestino. Existe ainda a crescente condenação internacional por causa da expansão dos assentamentos judaicos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Quando a ONU concedeu uma “elevação de status” aos palestinos, o governo israelense respondeu com a construção de 3 mil novas casas em assentamentos nessas áreas de conflito. Segundo Goldberg, Obama classificou essa como mais uma das “políticas autodestrutivas do colega israelense”.
Para o cientista político Avraham Diskin, da Universidade Hebraica de Jerusalém, as primeiras mudanças de Obama no segundo mandato apontam para um estremecimento com o governo israelense. Foram nomeados novos secretário de Defesa e secretário de Estado “menos tolerantes quanto a Israel”.
Ficaria quase insustentável a situação de Israel se perdesse o apoio norte-americano. Especialmente com as constantes ameaças de guerra com o Irã e o Egito.
Alon Ben-Meir, professor de Relações Inter­nacionais e especialista nas negociações entre Israel e países árabes, declarou: “Esse conflito pode muito bem ser a chave para muitos dos outros conflitos na região… A questão palestina tem uma enorme influência nas relações entre os EUA e o mundo árabe, que espera que o governo americano faça mais pelo fim desse conflito, que já dura seis décadas e meia”.
O site WND afirmou que Obama já se comprometeu secretamente com os palestinos a pressionar Israel para uma nova rodada de negociações. O objetivo seria incentivar a criação de um Estado Palestino, que resgataria as chamadas fronteiras de 1967, ou seja, a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e, especialmente, Jerusalém Oriental.
Seria um resgate do que tentou o ex-presidente Bill Clinton, durante as negociações de Camp David, em 2000. As chamadas de áreas judaicas de Jerusalém permaneceriam sob governo de Israel, enquanto os palestinos seriam responsáveis pelos bairros de maioria árabe.
Ainda segundo o WND, Obama prometeu aos palestinos fazer em seu segundo mandato uma campanha na Organização das Nações Unidas para renovar a Resolução 242, que prevê um Estado Palestino. Com informações de Gazeta do Povo e WND.

José do Egito estreia na Record

Orçamento chega a R$ 22 milhões

Desde que a Record levou ao ar sua primeira minissérie bíblica – A História de Ester, em 2010 –, os investimentos nas produções do gênero só aumentaram. Naquela época, foram gastos cerca de R$ 4,5 milhões. Agora, três anos depois, a emissora apostou ainda mais alto: R$ 7 milhões só em cenografia. Cada capítulo – serão 28 no total – tem um custo de cerca de R$ 850 mil. E as próximas duas minisséries já estão definidas na grade da programação de 2014 e 2015, respectivamente: uma sobre os Dez Mandamentos e outra sobre a vida de Jesus. "'Rei Davi' fez com que nós déssemos esse salto, tanto em qualidade quanto em audiência. Davi ficou por 19 capítulos em primeiro lugar absoluto no Rio de Janeiro. A gente tem certeza que com José do Egito não vai ser diferente", acredita Anderson de Souza, diretor de dramaturgia da Record.
Os números também são altos em outros aspectos. A minissérie, que estreou na quarta-feira (30), conta com 4 mil figurantes, que serão multiplicados através de computação gráfica em algumas cenas. Além disso, foram confeccionadas 4 mil peças de vestuário. O trabalho da equipe de figurino, aliás, foi minucioso. Houve a preocupação em vestir o núcleo dos hebreus de maneira diferente da que foi feita em Rei Davi e um cuidado especial com o núcleo do Egito.
"Eu tinha muito medo de virar um carnaval, porque as referências que a gente tem do Egito são muito carregadas, muito cafonas. São materiais difíceis de trabalhar", explica a figurinista Carol Li, que ficou satisfeita com o resultado no vídeo. Principalmente porque as imagens de José do Egito são captadas com câmeras Arri Alexa, as mesmas utilizadas em produções como Game of Thrones, Hugo Cabret e Os Vingadores, para obter uma linguagem cinematográfica. "A televisão, até pouco tempo, unificava tudo, não tinha profundidade. E essa câmera deixa tudo mais bonito. Então, o meu trabalho fica mais bonito também", conclui Carol.
A história conta a saga de José, que é vendido como escravo pelos próprios irmãos e levado para o Egito. Lá, passa por várias provações até se tornar governador. Para interpretar as duas etapas do protagonista, foram escalados os atores Rick Tavares, que encarna a fase jovem, e Angelo Paes Leme, que vive a fase adulta. "Depois de Vidas em Jogo, o (Alexandre) Avancini me chamou para fazer o teste e passei logo de primeira", conta Rick, que precisou mudar o visual para a minissérie e colocar aplique nos cabelos. "Aprendi coisas que eu nem sabia, como por exemplo, a utilização correta do condicionador, que só deve ser aplicado nas pontas dos cabelos", revela, aos risos.
Vários personagens são interpretados pelo mesmo ator durante a minissérie inteira. Para que a passagem de tempo ficasse crível no vídeo, a equipe de caracterização apostou em elementos como barbas e cabelos brancos no núcleo hebreu. Com os personagens do Egito, o trabalho foi um pouco mais difícil por eles não terem pelos no rosto. Mas a solução foi encontrada durante um congresso, em Los Angeles, que Vavá Torres, supervisor de caracterização, participou ano passado. "Conheci um novo processo de envelhecimento, o mesmo feito no filme O Curioso Caso de Benjamin Button. É um material que se aplica na pele que forma rugas, bolsas nos olhos. É muito rápido de aplicar", explica.
Outra dificuldade encontrada durante o processo de produção da minissérie foi retratar de forma fiel uma época tão remota como a de 3700 anos atrás. Por isso, as locações tiveram grande importância. Algumas cenas foram gravadas no deserto do Atacama, no Chile. Já no Egito e em Israel, o diretor Alexandre Avancini e parte de sua equipe garantiram vários stock shots. "Nas gravações, passamos por lugares extremos, com diversas variações de temperatura, incluindo climas extremamente secos, muita poeira, vento e areia", relembra Avancini. No RecNov – complexo de estúdios da Record na zona oeste do Rio de Janeiro – foram construídas duas cidades cenográficas, um acampamento com 25 tendas e mais 26 cenários. "Arte, cenografia e figurino têm um trabalho maior devido ao grau de acabamento exigido para esse tipo de produção", acrescenta o diretor.
Quem é quem
José (Ricky Tavares/Angelo Paes Leme) – É o filho mais novo e favorito de Jacó (Celso Frateschi). Inteligente e sensível, às vezes é imaturo. É vendido como escravo pelos irmãos. Mais tarde, torna-se governador do Egito.
Jacó (Celso Frateschi) – É um homem honrado e trabalhador, pai de 12 filhos. É casado com Lia (Denise Del Vecchio) e Raquel (Mylla Christie) e ainda tem Zilpa (Andréa Avancini) e Bila (Carla Cabral) como concubinas. Mantém as tradições de seu povo.
Raquel (Mylla Christie) – Esposa amada de Jacó. Sofre com a inveja da irmã Lia, com quem disputa a atenção do marido. Engravida, depois de muitos anos, de José, fruto de um milagre, já que era estéril. Morre ao dar à luz seu segundo filho, Benjamin (Eduardo Melo/Gustavo Leão).
Lia (Denise Del Vecchio) – Irmã mais velha de Raquel e esposa de Jacó. Inveja a irmã e adora fazer intrigas. Envenena Simeon (Caio Junqueira) e os outros filhos contra José.
Judá (Victor Hugo) – Quarto filho de Jacó e Lia. Sugere que os irmãos vendam José como escravo para livrá-lo da morte, mas sente remorso pelo que fez. É casado com Elisa (Babi Xavier), mas fica viúvo e se envolve com sua nora, Tamar (Camila Rodrigues).
Diná (Marcela Barrozo/Samara Felippo) – Única filha mulher de Jacó. É estuprada pelo jovem Siquém (Paulo Nigro). Depois disso, fica deprimida e não consegue reagir. Tempos depois, se apaixona por Gibar (Caetano O´Maihlan).
Tamar (Camila Rodrigues) – Mulher de Er (Binho Beltrão) e depois de Onã (Henrique Ramiro), ambos filhos de Judá. Fica viúva dos dois maridos. Alguns anos depois, engravida de seu sogro, por quem se apaixona.
Potifar (Taumaturgo Ferreira) – Compra José de um mercador de escravos. Vira mentor do jovem e o coloca como mordomo de sua casa. É o comandante da guarda pessoal do Faraó, fiel, bom caráter, incansável, grande estrategista. Faz todas as vontades de sua esposa Sati.
Sati (Larissa Maciel) – Mulher de Potifar (Taumaturgo Ferreira), vive bem com o marido, mas não resiste a uma aventura extraconjugal. Apaixona-se por José. Aos poucos, o desejo de se deitar com ele vira uma obsessão.
Hapu (Iran Malfitano) – Servo de Potifar. Humilha José, a quem tenta provocar sempre.
Pentephres (Eduardo Lago) – Também conhecido como Sacerdote de Om, é pai de Azenate (Ana Rita Cerqueira/Maytê Piragibe). Tem uma relação de carinho e amor pela filha e não se conforma quando ela desiste do sacerdócio por causa de José, um escravo e ainda por cima estrangeiro.
Azenate (Ana Rita Cerqueira/Maytê Piragibe) – Enfrenta a fúria do pai por desistir de se tornar uma sacerdotisa pelo amor que sente por José. Tem conflitos religiosos também com seu amado, já que José adora somente o Deus de Israel, enquanto ela idolatra vários deuses do Egito.
Faraó (Leonardo Vieira) – Idolatrado pelo povo egípcio, é o homem mais poderoso daquele tempo e um bom líder. Apaixonado por sua esposa, Tany. Faz de José o governador do Egito depois que ele lhe interpreta os sonhos.
Tany (Bianca Rinaldi) – Mulher do Faraó. Linda, discreta, paciente e sábia. Está sempre do lado do bem e da justiça. Tenta abrir o olho de Faraó contra Pentephres, seu conselheiro.
Audiência
De acordo com dados prévios, “José” estreou com 12 pontos de média e 14 de pico. No horário, a Globo foi líder com 19 pontos. A estreia da minissérie só perdeu para “Sansão e Dalila” (2011), que cravou 13 no primeiro episódio.
Data: 31/1/2013 
mundo cristão 

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Vídeo: jovens católicos são agredidos por manifestantes gays


Um grupo de jovens católicos do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira (IPCO) realizava uma campanha pacífica e ordeira contra o aborto e a ditadura homossexual, denominada Cruzada pela Família, no centro de Curitiba, no dia 14 de janeiro. Em determinado momento, começou a se formar um grupo numeroso de homossexuais e simpatizantes que passaram a agredir de diversas formas os jovens católicos. (Assista ao vídeo abaixo)
A Cruzada pela Família, promovida pelo IPCO, está percorrendo o Brasil fazendo uma campanha ordeira e pacífica contra as leis de aborto e a agenda do movimento homossexual, como o kit gay nas escolas, a lei de homofobia, entre outros princípios da fé cristã.
As cenas do vídeo, disponível na internet, são fortes e mostram os ativistas do movimento gay cercando os jovens católicos, cuspindo, agredindo e fazendo obscenidades contra os caravanistas, que reagiram com firmeza e educação.As imagens falam por si e revelam os verdadeiros intolerantes, capazes de ações violentas contra os que defendem um posicionamento contrário ao deles.
Assista ao vídeo (cuidado pois são cenas fortes)  VerdadeGospel:
Fonte: IPCO 

domingo, 27 de janeiro de 2013

Valdemiro Santiago compra canal de TV CNT


Na última semana circularam pela internet várias informações sobre a venda do canal CNT para a Igreja Mundial do Poder de Deus, liderada pelo apóstolo Valdemiro Santiago.
No final de 2012, ele teria tentado comprar (por R$ 600 milhões) a Rede 21, canal do Grupo Bandeirantes do qual arrenda 22 horas da sua programação, mas as negociações não avançaram.
A IMPD também teria negociado com a Rede TV e a MTV Brasil, mas nada foi confirmado.  A igreja aluga horários na programação da Band e da Rede TV, atualmente. Segundo o site RD1, do portal IG, Valdemiro agora estaria finalizando a compra da Rede CNT, com sede no Rio de Janeiro. O canal já alugava parte da programação para programas religiosos.
A emissora não confirma a venda. Porém, pessoas ligadas afirmam que a emissora tem uma dívida de R$ 100 milhões e com dificuldade para encontrar anunciantes, já que não chega a 0.2 pontos de audiência. A crise da CNT começou há 2 anos e a igreja teria oferecido um valor perto dos R$ 500 milhões.
Um dos rostos mais conhecidos da emissora, a jornalista Salete Lemos, que apresentava o “CNT Jornal”, foi demitida sem que nenhuma explicação fosse dada.  Segundo relatos, outros 30 funcionários da emissora foram demitidos, dentre eles toda a equipe de jornalismo da CNT em São Paulo.
Segundo o site Radio Verdade, até o fim de janeiro tudo estará definido: a emissora pode ser vendida ou simplesmente arrendada para a igreja.  Em principio, os programas que não dão audiência sairiam da programação, permanecendo apenas os jornalísticos e o “Balanço Esportivo”. Com informações de Gazetaweb, RD1 e Radio Verdade

Família Estruturada - Sociedade Curada


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

“Casamento homossexual é um experimento social inédito”, diz Abner Ferreira

                                                                                                                                 
Abner Ferreira, pastor presidente da igreja Assembleia de Deus em Madureira, publicou um artigo em sua coluna no Gospel Prime desaprovando o “ativismo progressista”, que segundo ele coloca “em curso uma lenta e contínua degradação de valores familiares”.
Para o líder, esta degradação de valores, quando não toma do Poder Legislativo, usa também do Poder Judiciário, “pois o Judiciário acredita que tem o direito de legislar quando o Legislativo não cumpre sua parte”, esclarece. O exemplo seria as últimas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) com relação a costumes e comportamento, como o aborto de anencéfalos, a marcha em favor da maconha e o reconhecimento da união homoafetiva como “entidade familiar”.
Abner também chamou a atenção para as intenções de movimentos pró-homossexuais em levar o PL 122, que criminaliza a opinião contra a prática homossexual, para o Supremo caso o Legislativo não tome uma decisão favorável.
“No caso do Projeto de Lei 122, os parlapatões favoráveis viram a dificuldade de se aprovar um tema tão polêmico. Mas mesmo pela crítica popular, ainda assim, desejam, inconformados, uma solução favorável para o famigerado projeto. Ameaçaram — não uma, nem duas —, mas por diversas vezes, de levar o texto ao Supremo”, escreveu Abner.
Ferreira acredita que as correntes de opinião, como os evangélicos e católicos, devem se manifestar em debates de interesse social. Pois, segundo o líder, não existe oposição política no Brasil.
“É evidente que o silêncio dos oposicionistas, salvo raras exceções, coloca em cheque o futuro da família brasileira, o direito de opinião e a liberdade religiosa”, acrescentou.
Adoção de crianças por casais do mesmo sexo
O pastor também falou sobre a adoção de crianças por homossexuais. O líder acredita que “além dos problemas psicológicos”, as crianças criadas por homossexuais sofrerão “problemas com relacionamentos, instabilidade no lar, além de uma criação inadequada, tendenciosa e não confiável”.
“Os estudos comprovam que a estrutura familiar tradicional é evidentemente mais apropriada para a criação de filhos do que a adoção de casais do mesmo sexo, a criação de filhos com pais solteiros, a criação de filhos com apenas um pai biológico — neste caso com um padrasto ou madrasta —, divórcio, pelo menos um destes casos”, diz o texto.
Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Abner também tratou da questão do reconhecimento de entidade familiar para homossexuais, o que para o líder é uma desvalorização do casamento tradicional.
“Não há discriminação em ser contra o casamento homossexual, até porque a lei é igual para todos, não existe benefícios para o heterossexual não alcançado por um homossexual, porém, destaco que o modelo de casamento eficiente é o casamento heterossexual”, acrescenta.
O pastor acredita que um casal homossexual não cumprirá os deveres familiares, pois não pode ter filhos biológicos e “afetariam a estrutura psicológica da criança se optarem pela adoção, inseminação artificial ou qualquer metodologia para alcançar a prole”, disse.
“Em segundo lugar, porque querem impor sua prática na sociedade, desvalorizando a família tradicional. Casamento homossexual é um experimento social inédito, nenhuma civilização conhecida permitiu ou relacionou a homossexualidade com o casamento. As sociedades que permitiam a prática homossexual entendiam o casamento como união estável entre homem e mulher abertos a terem filhos”, continuou.
“Kit Gay”
Para o líder o “kit gay” produzido pelo Ministério da Educação (MEC) é uma tentativa de criar um ambiente favorável à homossexualidade, já que este ambiente aumentaria a prática, enquanto que, para o líder, um ambiente desfavorável diminuirá a prática.
“No kit preparado por Fernando Haddad qualquer criança pode ser gay ou bissexual e não saber, por isso incita-se a experimentação. Uma clara evidencia da apologia ao homossexualismo e depravação sexual e moral”, comentou.
Abner concluiu incentivando as manifestações dos “conservadores” contra as práticas homossexuais, pois para o líder isso é um direito democrático.
“Se os homossexuais tem o direito de lutarem pelos seus direitos, nós, os “conservadores”, temos o direito de protestar contra aquilo que não concordamos. Isso é algo natural em uma sociedade democrática. A menos que eles pretendam instaurar um regime de ditatura”, conclui.
 por Michael Caceres
via gospel prime.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Novas fotos da igreja sede AD belém SP

                      As obras seguem  em ritmo acelerado.                  
maquete 


fachada começa toma forma.




adindianopolis.com.br

Quase 40% dos pastores não estão preparados para morrer, indica pesquisa

Quase 40% dos pastores não estão preparados para morrer, indica pesquisa

Uma pesquisa realizada recentemente pela LifeWay Research indica que 37% dos pastores não possuem nenhum tipo de planejamento para suas famílias após a sua morte.
Isso significa que não deixariam nenhum testamento, seguro de vida, plano de prevenção, ou assemelhado. “Os pastores sabem que não podem controlar o que acontece com seus familiares quando eles morrem, mas falta planejamento”, acredita Warren Peek, presidente da Fundação que encomendou a pesquisa. “Um planejamento básico economiza muita dor de cabeça e garante tranquilidade para a família.”
A pesquisa foi realizada com pastores ligados à convenção batista, mas a Lifeway acredita que não é muito diferente entre as demais denominações. Scott McConnell, diretor da LifeWay Research, disse que um número significativo dos pastores simplesmente não estão preparados para morrer.
Os pastores mais jovens (até 44 anos) são os menos propensos a deixar a família preparada. Quase dois terços dos pastores pesquisados ​​concordam que seria melhor o pai deixar um testamento.
McConnell disse que deve ser uma questão preocupante o fato de muitos pastores não conversarem com sua família sobre o que pode acontecer quando eles morrerem. O objetivo da Fundação Batista do Sul, criada em 1947, é ajudar instituições e indivíduos a se planejarem para todo o tipo de situação adversa. Os resultados desta pesquisa serão usados para uma campanha visando ajudar pastores e suas famílias a planejarem melhor o futuro. Com informações Charisma News.
por Jarbas Aragão

Busque imortalidade


Russel Shedd
O inspirado apóstolo Paulo escreveu para a Igreja de Roma que Deus dará vida eterna para os que, persistindo em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade (Romanos 2:7). Entender bem o que esse trecho da Palavra de Deus ensina para, em seguida, praticá-lo é um desafio e tanto para aquele que toma a sério o que o texto diz.
A maioria dos evangélicos acredita que basta crer, ser batizado, freqüentar os cultos, fazer suas contribuições regulares aos cofres da sua igreja, para ser aceito por Deus. Esse texto de Romanos parece acrescentar algo mais. Uma vez que a “descoberta” da Reforma foi que a salvação se alcança unicamente pela fé, a declaração de Paulo parece contraditória. Para salvaguardar a integridade da verdade do Evangelho, quero oferecer algumas sugestões.
Primeiro, que a inclusão de fazer o bem faz parte integral da salvação de todos aqueles que abraçaram uma fé genuína. Fé viva, afirma Tiago, é demonstrada em obras, não apenas em palavras e boas intenções. Paulo acrescenta que as boas obras devem acompanhar a vida inteira do cristão fiel.
Segundo, o texto confirma que a esperança de receber a herança da vida eterna (imortalidade) é conseqüência de uma busca, mesmo depois de ter crido sinceramente nas verdades centrais do Evangelho e confiado no Senhor Jesus. “Buscar” significa mais do que apenas esperar. O autor de Hebreus colocou essa necessidade assim: “Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem a santidade, ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:14).
Terceiro, dá para se deduzir que a importância de buscar a glória e honra, que somente Deus pode conceder, reside no fato de que aquele que não busca não receberá esse grande galardão. Há perigo imensurável de imaginar que o Pai dará ao seu “filho”, descompromissado com qualquer valor do Reino, o mais precioso dos seus tesouros.
Não foi essa a lição que Jesus quis frisar em sua conhecida parábola dos servos e dos talentos? Os primeiros dois se esforçaram até dobrar o valor dos seus talentos, enquanto o servo mau e desobediente escondeu seu único talento no quintal. Quando o entregou ao dono, a reação foi imediata e contundente: “Servo mau e negligente! Você sabia que eu colho onde não plantei e junto onde não semeei... Tirem o talento dele e entreguem-no ao que tem dez... e lancem fora o servo inútil nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes” (Mateus 25:26-30 – NVI).
Uma vez convencidos de que a vida eterna pode ser recebida unicamente pela fé no Senhor Jesus, nos resta a tarefa de procurar o sentido de “buscar a glória e imortalidade”.
Pelo contexto imediato, concluímos que essa busca inclui a prática do bem, não apenas durante alguns dias em que estávamos motivados pelo primeiro amor, mas persistindo em fazer o bem durante toda a vida. A busca requer uma dedicação à vontade de Deus revelada na Bíblia. Paulo entendeu que seu apostolado se resumia no chamado de um povo dentre as nações “para a obediência que vem pela fé” (Romanos 1:5).
Alguém que se compromete com o serviço do seu Senhor deve saber o que este quer que ele faça. Paulo exorta os efésios a não serem insensatos, mas “procurar compreender qual é a vontade do Senhor” (Efésios 5:17). Esforçar-se para saber e praticar o que o mestre quer, sem dúvida, significa buscar a glória, isto é, sua aprovação. “Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar...” (2 Timóteo 2:15 – NVI).
Quando Jesus declarou que ele edificaria sua igreja, não pensou em uma igreja que ajuntaria dois bilhões dos habitantes da terra que apenas se identificam verbalmente como “cristãos”, mas cujas vidas demonstram os mesmos valores e práticas daqueles que não professam qualquer lealdade ao Senhor Jesus.
O futuro do filho de Deus, salvo pela fé e guiado pelo seu Espírito, será muito melhor do que a imaginação humana pode contemplar. O futuro que aguarda aqueles que amam o Senhor de verdade e, por amor a ele, buscam sua vontade e sofrem para servi-lo, tem a garantia de uma recompensa de imortalidade repleta de honra e glória. Eles ouvirão as palavras de Jesus: “Bem feito, servo bom e fiel... entra tu no gozo do teu Senhor”!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Dúvidas sobre sexo

                                              O que um casal cristão deve ou não fazer

   
Virgínia Rodrigues
Faça sol ou faça chuva, no frio ou no calor, com cansaço ou relaxado, não importa. O apetite sexual do brasileiro não encontra barreiras para se satisfazer. As pesquisas sinalizam, a mídia incrementa, os produtos estimulam. E o casal que busca viver dentro de princípios cristãos, com fidelidade conjugal e ética moral nem sempre consegue administrar desejos e possibilidades. Afinal, a própria Bíblia está cheia de orientações sobre comportamento afetivo e sexual entre casais. O apóstolo Paulo enfatizou que homem e mulher devem sempre manter um acordo sobre suas relações sexuais a fim de evitar tentações (1 Cor 7:5). Diante de tantas pressões, o escritor do maior número de cartas do Novo Testamento sintetizou muito bem: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convém. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por elas” (1 Cor 6:12). Assim sendo, o que seria lícito ou não para um casal cristão nos momentos de intimidade?
Existe alguma recomendação específica sobre regras e práticas do que deve ocorrer entre marido e mulher dentro de quatro paredes? O que mais tem afligido os casais na hora da relação sexual? E por mais que o homem ou mulher brasileiros se mostrem despojados de pudores ou questionamentos, sempre há aqueles que querem esclarecer e discutir suas opiniões. Casais crentes, sejam mais liberados ou não quanto à sua performance com o parceiro, também necessitam de mais esclarecimento. Com o índice de separações cada vez maior em famílias evangélicas, não se pode desconsiderar que, muitas vezes, problemas no sexo são o estopim para um divórcio.
A freqüência do ato sexual é uma dessas questões sempre debatidas. Alguns reclamam de excesso, outros de falta de sexo no casamento. Saber reconhecer o limite do cônjuge na hora de determinar a freqüência nas relações sexuais é fundamental. É claro que a atração e vontade de fazer amor com a pessoa amada é saudável, desde que o desejo de um não se torne o tormento do outro. Mas como saber se o número de relações de um casal está além da conta? De acordo com especialistas, essa resposta é variável e deve ser dada pelo próprio casal. O excesso ocorre quando a freqüência ultrapassa uma média dentro do casamento, isto é, a quantidade de vezes com a qual os dois estavam acostumados começa a aumentar, ou quando supera a vontade do outro.
O médico Ademir Pacelli Ferreira, professor do Instituto de Psicologia da Uerj, explica que a expressão “excesso de sexo” não é um conceito psicopatológico. “É um termo que parte de uma norma, aparecendo como queixa de um”, afirmou. Ele diz que é difícil haver equilíbrio no apetite sexual, pois sempre haverá um mais estimulado que o outro. É a convivência e o perceber-se um ao outro que define quem vai ceder e o que vai ceder a fim de que o casal encontre um caminho comum. Identificar a raiz do comportamento é uma tarefa de marido e mulher. E se chegar a um acordo for complicado, procurar ajuda externa é a orientação.
O recém-casado Pedro Vieira, 25 anos, está sentindo na pele os efeitos do seu desejo. Casado há apenas oito meses, ele admite que sua esposa de 20 anos tem se queixado do seu apetite, sinalizado diariamente. “Por mim, eu manteria relações com minha esposa todos os dias, mas ela reclama”, reconheceu. O conflito tem algumas razões que já começam a aparecer. A primeira é a formação. Ela é evangélica de berço, e ele está freqüentando a igreja. Ambos têm, portanto, valores diferentes. Diante da negativa, ele diz que insiste e, quando não vê alternativa, vai dormir chateado. “Fico chateado só na hora, mas procuro entender. Depois passa. Às vezes, minha esposa também fica brava”, emendou. Apesar do desentendimento, garante que o casamento não foi abalado.
Tradicionalmente, o maior desejo vem do homem. E, diante da situação, a reação da mulher vai depender de sua orientação nas diferentes áreas do comportamento: sexualidade e espiritualidade, por exemplo.
Martha Gonçalves enfrentou o mesmo desafio da esposa de Pedro Vieira. Ela conta que os 15 anos de casamento não afetaram em quase nada o comportamento do marido, que a procura a cada dois dias, e, dependendo da semana, o convite pode ser diário. “Ele teve formação diferente da minha, converteu-se depois. Então, procurei entendê-lo, assim como ele também procurou me entender. Fiquei um pouco assustada no início, porque não esperava que fosse tão freqüente, mas vi que era uma necessidade dele. Como eu tinha saúde, fomos nos moldando”, lembrou Martha, que afirma que foram poucas as vezes que negou sexo. “Quando isso acontece, ele entende. Pensava também que, se ele não satisfizesse seu desejo comigo, poderia procurar fora de casa.” E de acordo com Pacelli Ferreira, há homens que justificam o adultério pela resistência da mulher.

PERSPECTIVA FEMININA

Sob a perspectiva feminina, a médica Esther Ribeiro explica que se a excitação for natural, não traz qualquer tipo de problema para o corpo da mulher. “Se a mulher for muito amada, ela não tem limite”, atestou. Para a especialista, que é ginecologista, terapeuta familiar e pastora, o único período em que a mulher deve evitar manter relações é o menstrual, quando o sangue é um elemento que facilita infecções e o colo do útero está muito aberto, possibilitando a subida de bactérias. Como terapeuta familiar, Esther diz que prejudicial não é o excesso em si, mas como a mulher (ou o homem) está desfrutando da relação. “Estamos vivendo em um mundo onde o que importa é o ‘meu’ prazer e não o ‘nosso’ prazer. Os casais não conversam, não namoram. Quando isso acontece, o prazer é um prazer egoísta, o que gera relacionamento anômalo”, alertou.
Outro ponto pouco discutido e que poderia ser mais explorado é o “mapa erógeno”. Muitos casais ainda precisam conhecer e saber desfrutar das zonas erógenas do seu corpo e do cônjuge para que a sexualidade no casamento seja mais prazerosa. Para dar e receber prazer, o casal deve explorar este “mapa” existente no corpo do seu esposo ou de sua esposa. Mas o que é zona erógena? São partes do corpo especialmente sensíveis às carícias, porque têm muitas terminações nervosas. Quando a pessoa está receptiva, a estimulação dessas áreas provoca sensações fortes, que desencadeiam reações sexuais. A pele, em si, é praticamente uma zona erógena em potencial, mas certas partes do corpo têm reações mais fortes, como lábios, pescoço, lóbulo da orelha, nuca, peitos, pés, dentre outras.

ZONAS ERÓGENAS
MULHERES
Frente: orelhas, boca, palmas das mãos, mamilos, barriga, parte interna da coxa, dedos dos pés
Ponto especial: clitóris
Costas: nuca, bumbum

HOMENS
Frente: olhos, cantos da boca, pescoço, dedos dos pés, mamilos, barriga, virilha, pés, glande (cabeça do pênis)
Costas: bumbum


FOCO SENSÍVEL

Os pontos erógenos mais sensíveis são diferentes para cada pessoa e provocam reações diversas à estimulação. A melhor forma para descobrir o próprio “mapa erógeno” e o do cônjuge é a exploração mútua. O modo como as carícias são feitas também provoca reações diferentes. É justamente a exploração sexual que o pastor Gilson Bifano orienta aos casais para melhorar a vida sexual. Partindo da teoria para a prática, ele recomenda um exercício chamado “foco sensível”: os cônjuges acariciam suavemente todo o corpo um do outro, sem intenção de penetração. Segundo Bifano, que é fundador do Ministério de Família Oikos, o objetivo é fazer o outro conhecer a sensibilidade de seu próprio corpo. “Pode usar uma pena ou pluma ou a mão de maneira suave”, ensinou.
O pastor alerta para o fato de que os casais, especialmente cristãos, devem aprender que o ato sexual não se reduz apenas ao binômio pênis–vagina. “Quando um casal restringe o ato sexual a isso, a relação, com certeza, se empobrece. Devemosmostrar a maridos e esposas crentes que a sensualidade, quando usada para atrair o cônjuge, não é pecado e é até recomendável”, ressaltou ele.
A psicoterapeuta e especialista em sexualidade Carmen Lúcia Otero Janssen diz que durante o ato sexual as pessoas precisam parar de se preocupar com o desempenho e priorizar a exploração das sensações dos cinco sentidos (tato, olfato, audição, visão e paladar). “A pessoa fica muito preocupada em mostrar habilidade e impressionar o parceiro. Ou seja: ‘Vou arrasar na cama.’ Em vez disso, deve sentir o toque e doarse mais para o outro e entrar em contato com a afetividade”, destacou ela, que já escreveu o livro “Massagem sensual para casais enamorados”. A publicação ensina os casais a usarem a massagem como veículo para o desenvolvimento da sexualidade amorosa.
Carmem Lúcia Janssen frisa que hoje a sexualidade está muito banalizada e muito rápida. “As preliminares são importantes tanto para homens quanto para mulheres. O ato sexual, para o homem, é muito genitalizado, e ele não percebe que perde com isso. Ao demorar nas preliminares (zonas erógenas), os parceiros ganham mais qualidade na vida sexual”, explicou ela, que é pós-graduanda em Sexualidade Humana pelo Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática de São Paulo (Isexp).
O fato é que quando o casal apresenta problemas na cama, o relacionamento pessoal também sofre conseqüências. Um exemplo disso é a contabilista L.S. “Sentia muita dor na relação sexual e por conta disso passei a evitar o meu marido”, disse. Assim, o casal
começou a brigar. A solução foi procurar ajuda de um psicólogo cristão. “Durante a terapia, aprendi a importância de me doar, e a psicóloga ensinou que devemos demorar nas preliminares. Melhorou bastante, e reduzimos as nossas brigas”, garantiu. Gilson Bifano afirma ainda que a comunicação – antes, durante e depois da relação sexual – é importante. “Os cônjuges devem perguntar onde o outro gosta e não gosta de ser tocado, o que causa maior e menor prazer.”

FETICHE

E o fetiche? Como pode interferir na vida sexual do casal? Será um desvio, um comportamento anormal ou até pecaminoso? Fetichismo, na psicanálise, significa “desvio do interesse sexual para algumas partes do corpo do parceiro, para alguma função fisiológica ou para peças do vestuário, adorno” (“Dicionário Houaiss”).
O termo começou a ser usado com essa conotação a partir dos estudos de Freud, pois, originalmente, a palavra vem de “feitiço” e designava um objeto a que se prestava algum tipo de culto, ou possuidor de poderes mágicos. O psiquiatra Albert Zeitouni, baseado na
teoria freudiana, esclarece que “a criança, ao perceber que a mãe não possui um pênis, recusa-se a aceitar essa realidade porque acredita que o seu órgão masculino também poderá ser perdido, então cria um substituto para o pênis da mãe, que é o fetiche”. Segundo ele, o fetiche se estabelece como um estímulo sexual durante a infância, e quando o homem torna-se adulto não o abandona em troca da pessoa total, pois o fetichista acredita que precisa daquele objeto ou parte do corpo feminino para conseguir a ereção.
Os tipos de fetiches mais comuns são os relacionados às partes do corpo da mulher, como pés, unhas, mãos, além dos objetos femininos, como meias, sapatos de salto alto, “lingeries”. Na prática sadomasoquista – aquela que envolve a dominação de um dos parceiros – são utilizadas roupas e objetos de couro, além de chicotes. A psicóloga Márcia Bittar Nehemy, especialista em Sexualidade, realiza terapia de apoio e diz que a psicologia considera que todas as pessoas são fetichistas em algum grau, mas muitos não conseguem obter prazer sexual sem o seu fetiche.
O evangelista da Assembléia de Deus João Luiz Paim da Silva, estudioso do assunto, garante: “O fetiche moderno, que muitos julgam inofensivo, é uma porta aberta para o diabo”. Como exemplo, cita o fetiche por pés e pergunta: “Como será se o homem que gosta de pés encontrar e desejar outro pé, que não o da esposa, pela rua, e começar a segui-lo? Certamente, logo virá o adultério.” Pastor da Igreja Batista Nacional, Disney Macedo acredita que os fetiches que não desrespeitam a relação do casal podem fazer parte da vida íntima dos cristãos. Isso se houver um acordo entre eles, sem, no entanto, incluir o sadomasoquismo. Nessa perspectiva, o homem tem de ter domínio próprio e, por isso, pode utilizar um fetiche, mas nunca ser dominado por ele.
Quando atinge níveis patológicos, causando constrangimentos, o fetiche é visto como um problema. Outras vezes, pode “apimentar” a relação entre o casal, embora muitos cristãos considerem qualquer coisa ligada à sexualidade como pecado e não como algo prazeroso. A sociedade explora cada vez mais o fetichismo, mas o que acontecerá se as pessoas não amarem mais umas às outras em sua totalidade, pela sua beleza física, mental, intelectual e caráter, mas, sim, desejando apenas uma de suas partes ou um de seus objetos de uso pessoal? Esse questionamento é feito por Maria Andrade, 40 anos, que teve um marido fetichista. “Ele não me via como mulher. Eu era apenas um pé e, para agradá-lo, acabei ficando obsessiva em cuidar dessa parte do meu corpo.” Hoje, garante que minimizou bastante o problema, mas precisou passar por tratamento com um sexólogo.
Muitas pessoas usam, de fato, a criatividade para “apimentar” a relação a dois, com a inclusão de carícias, “lingeries” sensuais, mudança de posições, etc. Até mesmo os casais evangélicos são estimulados, em muitas denominações, a ousarem no sentido de dar prazer ao parceiro e demonstrar o carinho e o amor que um tem pelo outro. Assim, marido e mulher são legitimamente motivados a erotizar a relação, isto é, investir em novidades. Vale um jantar romântico, uma viagem a dois. Até aqui não há muita polêmica, mas existem algumas práticas que geram discussão dentro da Igreja, como, por exemplo, o sexo anal: casais evangélicos podem usufruir dessa alternativa? Como é vista a prática do sexo anal por alguns pastores, psicólogos e casais evangélicos?

EXEMPLOS DE FETICHES
No cinema: “A Insustentável Leveza do Ser”, Philip Kaufman, em que o personagme pede a suas parceiras que usem um chapéu durante o ato sexual.
Na literatura: “O livro de cabecira” (1996), de Peter Greenaway, mostra uma modelo que mantém o hábito de pedir a calígrafos que escrevam livros em seu corpo.
Na música: Madonna explora o sadomasoquismo, com seus chicotinhos, botas e lençóis de seda.
CARDÁPIO DA ARTE SEXUAL

Não há consenso na resposta, já que especialistas na área de saúde e pastores têm opiniões divergentes sobre o assunto. Muitos condenam a prática e são categóricos em afirmar que sexo anal é pecado, principalmente porque a sociedade está saturada de sexo pervertido, onde o ser humano busca a satisfação própria e não a do outro. Há psicólogos e médicos que dizem que o sexo anal é uma alternativa sexual que – se tomados os devidos cuidados de higiene durante o ato sexual – não traz problemas de saúde. Esse grupo também ressalta que a decisão de incluir ou não o sexo anal no “cardápio da arte sexual” do casal deve ser uma decisão de ambos.
O médico ginecologista e membro da Igreja Batista Sérgio Macedo explicou que o desejo de praticar o sexo anal tem uma explicação psicológica: essa manifestação sexual está presente nas relações heterossexuais porque os homens, buscando uma variação sexual com suas parceiras, fantasiam a penetração anal como uma grande realização de conquista, sem falar de um certo sentimento de domínio e poder. As mulheres, em sua maioria, têm na fantasia sexual o desejo anal mais como uma tentativa de satisfazer os impulsos
sexuais do parceiro, agregando a essa experiência a possibilidade de demonstrar a entrega total, isto é, o quanto estão envolvidas na relação.
Evangélica há oito anos, a comerciante M.P. diz que sexo anal faz parte da sua rotina sexual há muito tempo. Ela o considera legítimo porque tal prática é feita com seu marido. “Não me sinto culpada. Nós dois gostamos e nos sentimos à vontade para, de vez em quando, inovar a nossa relação sexual”, revelou.
A inclusão da prática na vida do casal, segundo o médico e pastor da Igreja Maranata do Rio de Janeiro, Paulo César Brito, mostra que a sociedade está se corrompendo a cada dia. Para ele, os evangélicos têm na Bíblia um padrão de ética que tem de ser respeitado. “Não dá para deixar entrar na Igreja esses conceitos sociais e culturais que vão contra a Palavra”, esclareceu.
De acordo com Brito, a adoção de sexo anal entre casais evangélicos é pecado porque vai contra a natureza determinada por Deus: sexo entre um homem e uma mulher, cujo órgão principal é a vagina. “Esse orifício [o ânus] foi feito para eliminar fezes. A Bíblia diz que os sodomitas não entrarão no Reino dos Céus. O que é sodomita? Quem faz sexo anal”, definiu ele, baseando-se no texto de Romanos, capítulo 1. Ele acha que os casais evangélicos que fazem tal prática revelam desconhecimento bíblico. “Ou não querem ver a verdade porque não lhes interessa. Procuram variantes que justificam as suas práticas.”

Para o médico e pastor da Igreja Maranata do Rio de Janeiro, Paulo César Brito, não dá para deixar entrar na Igreja esses conceitos sociais e culturais que vão contra a Palavra
O pastor Marcelo de Andrade e Silva endossa as palavras do seu colega, mas é mais comedido em relação ao texto bíblico que proíba literalmente o sexo anal. “Não temos um texto claro na Bíblia que seja contra a prática de sexo anal entre um homem e uma mulher. Porém o sexo anal constitui uma violência ao organismo porque Deus criou cada órgão no corpo humano com uma função. No caso do ânus, ele foi feito exclusivamente para defecar”, pontuou Andrade e Silva. Para o pastor, há outras formas de se obter prazer sexual. “O sexo é um manjar deixado por Deus para que possamos usufruí-lo.”
Para o casal E. e R., não há problema em seguir a orientação pastoral porque desde o curso de noivos, dado na Escola Dominical, os dois aprenderam que o sexo anal é contra a vontade de Deus. “Nunca sentimos qualquer curiosidade ou desejo de experimentar. Porém, para não cair no tédio, praticamos sem ‘neuras’ o sexo oral”, disse ela, que está casada há sete anos. Os dois pastores alertam ainda para o fato de o ânus não ter sido feito para o sexo – a prática pode provocar fissuras, infecção urinária, além de dor –, pois o órgão não tem lubrificação natural como a vagina.
O material contido na ampola retal, que é a última parte do intestino e que desemboca no ânus, é cheio de bactérias, cuja presença é normal no local, mas nas vias urinárias pode levar ao aparecimento de lesões e infecções, às vezes, graves. Além disso, é uma relação mais traumática, provocando freqüentemente escoriações por onde podem entrar microorganismos, atingindo a corrente sangüínea e causando diversas doenças.
O ginecologista Sérgio Macedo afirma que, fisiologicamente, não existe qualquer contra-indicação para a prática do sexo anal. “No entanto, lembro que não é um órgão com a mesma elasticidade da vagina. O sexo anal praticado com os cuidados necessários não causa nenhum dano, nem de alargamento do ânus, nem de perda do controle do esfíncter (músculo da região anal)”, garantiu ele. Para resolver a falta de lubrificação, o médico aconselha o uso de géis à base de água encontrados em qualquer drogaria. Ele diz que a prática do sexo anal requer alguns cuidados, como o consentimento espontâneo de ambos, a necessidade do intestino estar limpo, e o homem deve ter o cuidado de urinar após a relação. E lembra ainda que o sexo anal não pode ser feito antes do vaginal por causa do
risco de transmissão de doenças.
Ele assegura que a relação anal não pode substituir a vaginal, principalmente porque a falta de prazer naquele tipo de relação é muito usual. “A maioria das mulheres não tem orgasmo no sexo anal. O órgão erógeno da mulher é o clitóris”, ressaltou. Em relação à religião, para Sérgio Macedo, o casal deve ter bastante discernimento espiritual. “Se não há culpa, e o casal, de vez em quando, achar que o sexo anal pode ser algo diferente na rotina do dia-a-dia, não vejo problemas”, ressaltou.
Marcelo de Andrade e Silva acredita que as mulheres muitas vezes acabam cedendo aos maridos por medo de que estes busquem experiências extraconjugais.
“A mulher deve ser veemente nos seus princípios. A fidelidade é mais um traço de caráter do que de falta de atendimento de um desejo. O casal pode usufruir um com o outro, sem cair no desvio moral que é a busca pelo prazer a qualquer preço”, alertou. Segundo ele, se em algum momento a relação visa à obtenção narcisista e individualista exclusiva do próprio prazer, foge aos princípios determinados por Deus.

CHEIRO
No jogo da sedução, os sentidos desmpenham papel importante. Mas é o olfato o que mais instiga a curiosidade e aguça a imaginação da espécie humana. Tanto que há uma discussão sobre o poder do feromônio (substância química exalada pela fêmea para atrair o macho) e o enigma de sua existência e função na espécie humana.
Entretanto, a dúvida permanente, Os cientistas, porém, não discutem a existência do feromônio em mariposas, elefantes asiáticos e camundongos, que exercem um papel tão fundamental quanto surpeendente no acasalamento, Feromônio vem das palavras gregas “phero” - que significa “transportar” - e hormônio, combinadas.
Para a psicoterapeuta Carmem Lúcia Janssen, o sucesso das relações amorosas está muito mais ligado ao resgate da auto-estima, à predisposição em se abrir ao outro e à percepção que a pessoa tem de si mesma do que aos feromônios ou de qualquer outra espécie de afrodisíaco. “A auto-estima é a base de tudo. Para eu ser atraente, preciso me sentir atraente”, atestou. “Não há nada de errado em usarmos oso odores como ferramentas de sedução. Mas se quisermos aumentar nosso poder de sedução, precisamos trabalhar duro no resgate de nossa auto-estima.”

SEXSHOPS

E quanto às lojas especializadas em produtos eróticos que atraem pessoas em busca de mais prazer, as intrigantes “sexshops”?
A visita a esses estabelecimentos costuma ser vista como natural pela maior parte das pessoas, mas, para os evangélicos, a atitude pode ser um ponto de conflito. Sais de banho e óleos afrodisíacos, vibradores, cintas de couro masculinas e femininas, massageadores, elementos de sadomasoquismo e fantasias, alongadores penianos, próteses, roupas íntimas comestíveis para homem e mulheres, géis, pomadas, “lingeries” e toda sorte de produtos estimulantes para uma relação sexual são encontrados em “sexshops”, que já têm suas versões na internet e até por catálogo de porta em porta, estilo Avon. Com preços que estão longe de serem prazerosos, elas aguçam a curiosidade de muitos. É o caso de Paula Moura (nome fictício). Ela e o marido são evangélicos e não vêem qualquer tipo de problema em freqüentar uma dessas lojas. “Não gosto de produtos de sadomasoquismo ou fantasias, mas há coisas interessantes”, admitiu. Na opinião do psicólog e pastor batista Silas de Freitas, a curiosidade pode ser o início de um hábito. “A curiosidade pode levar o indivíduo a ceder à vontade de experimentar artifícios que não podem melhorar o relacionamento”, disse. Para ele, é o ajustamento na relação conjugal que torna o sexo mais prazeroso. “Eu tenho mais de 30 anos de casado, e meu envolvimento é tão bom quanto antes. Talvez melhor”, acrescentou. Ele crê que, quando tudo está ajustado, o casal cria mecanismos excitantes.
Para a bispa metodista Marisa Coutinho, a criatividade faz parte do relacionamento. “Não vejo problemas no uso de óleos de massagem, por exemplo. Mas entendo que a questão não é se o casal evangélico deve ir à “sexshop” ou não. Mas por que razão quer ir”, argumentou. Ela entende que se a motivação for suprir uma carência que o casal esteja enfrentando, talvez as novidades possam até atrapalhar.
Silas de Freitas ainda diz que o ato sexual por si mesmo não satisfaz mais, precisa de novidades, de elementos inusitados para valer-se. Tudo isso também tem muito a ver com o tipo de vida imediatista que as pessoas têm levado. Em vez de investir no relacionamento dia após dia e aprender sobre o outro, sobre o que lhe dá prazer, o indivíduo prefere alternativas que lhe permitam pular essas etapas.

LUGAR CERTO, NA HORA CERTA

Nessa perspectiva de recriar momentos de prazer a dois, o lugar certo para fazer amor também é questionado. É pecado o casal casado e evangélico ir ao motel? O assunto gera discussões diversas. Para alguns, o ambiente é considerado casa de prostituição e carregado de maus espíritos.
Outros, no entanto, não vêem problema algum. Aproveitam as datas especiais, como aniversário de casamento, para sair da rotina e “aquecer” a relação. A palavra “motel” surgiu nos Estados Unidos, no início da década de 1930, como hotéis de beira de estrada para descanso de viajantes e caminhoneiros e das palavras “Motor Hotels” surgiu “motel”. Eram pequenos espaços que englobavam algumas vantagens como lugar para o carro, água, lenha, casas de banho, chuveiros, lavanderia e preços baixos. Qualquer pequena comunidade oferecia um serviço desses.

Com relação ao motel, o pastor da Assempléia de Deus, Silas Malafaia, lembra a questão do escandâlo, pois tudo é lícito, mas nem tudo convém.
No Brasil, a idéia apareceu no final da década de 60 com uma conotação romântica explícita nas fachadas, além dos espaços e decoração dos interiores. O pastor Edson Alves não chega ao radicalismo de tachar o motel como ambiente maligno ou local de pecado, mas aconselha que, numa data especial, os casais evangélicos procurem um hotel. Ele acha que o motel não é um local apropriado devido à rotatividade. Mas por ser mais barato, a freqüência é bem maior. “Eu questiono a higiene desses locais”, observou ele. E é a alta rotatividade que faz com que muitos evangélicos considerem o motel um lugar “sujo”. Para esse problema, Doraci e Martinho Santos, da Assembléia de Deus, casados há 28 anos, têm uma solução. Apesar de ainda não terem experimentado momentos a dois num motel, eles não vêem problema algum. A única preocupação seria com a questão da higiene, e Doraci revela que levaria de casa suas roupas de cama e banho, sem problema. O casal sempre procura comemorar as datas especiais em lugares onde possam ficar a sós.
Em determinados momentos, a privacidade é fundamental, e, além da economia, o motel proporciona essa possibilidade de ficarem sozinhos por algumas horas. Líder do Ministério Lar Cristão, o pastor Jaime Kemp aponta alguns motivos para aconselhar um cristão a não ir ao motel. Primeiramente, para nunca colocar dúvidas sobre a integridade do casal. Ele acha também que não se deve sustentar moral e financeiramente uma instituição que está contra a família. “O motel, infelizmente, é um princípio de infidelidade.” Outro
motivo é a tentação. De acordo com o pastor, se o casal cristão está no motel e se vê tentado a assistir filmes onde outros casais mantêm relações sexuais, isso pode ser prejudicial para o casamento.
A polêmica divide mesmo opiniões. Alguns pastores afirmam não ter base bíblica para condenar um casal que queira ter seus momentos de prazer num motel. Pastor da Assembléia de Deus, Silas Malafaia chama a atenção, porém, para a questão do escândalo.
Ele lembra que tudo é lícito, mas nem tudo convém. “Ter relações sexuais com minha mulher não é pecado em lugar nenhum”, justificou. Silas Malafaia pensa que o casal deve tomar alguns cuidados, mas que, em momento algum, pode considerar que o ato de ir ao motel é pecado. O casal Waldivia e Francisco Cavalcante, da Igreja Batista Manancial, concorda com o pastor, mas lembra que não se deve escandalizar os outros. “Eu não ficaria escandalizada se visse um casal de irmãos em Cristo entrando ou saindo de um motel,
porém não acho conveniente”, considerou ela. E o autor do livro “Macho e fêmea os criou”, Carlos “Catito” Grzylowski, argumenta que, para a grande maioria dos casais, o motel tornou-se sinônimo de um local privativo em que se pode ir no anonimato e com uma pessoa que talvez nunca mais torne a encontrar. Isto é, consumir algo e descartar em seguida é a essência do modelo capitalista neoliberal trazida para o evento mais íntimo das relações humanas.

Para o pastor Jaime Kemp, se o casal cristão está no motel e se vê tentado a assistir filmes onde outros casais mantêm relações sexuais, isso pode ser prejudicial para o casamento
Existem, porém, aqueles que procuram o motel por outros motivos. Os que desejam desfrutar de certas “comodidades” que não possuem em casa a um custo relativamente baixo, como banheiras de hidromassagem, saunas individuais, às vezes, até uma piscina ou um teto solar para observar as estrelas da cama. Para Grzylowski, esses casais crêem que tais detalhes podem incrementar a vida sexual e o romantismo.
Ele ressalta que muitos líderes de igrejas estão “coando o mosquito e engolindo o camelo”, isto é, estabelecendo regras e normas sobre locais e formas da relação sexual e esquecendo o mais profundo: a motivação que leva os casais ao ato sexual. “Para mim, um casal que tenha uma relação sexual em casa, no quarto, a portas fechadas e na posição mais convencional possível, porém sem ternura, buscando só o orgasmo e até, às vezes, forçando o cônjuge a uma relação num momento indesejável, esse já quebrou o princípio básico de amar ao próximo, mandamento máximo do Evangelho (Mateus 22:39), colocado por Jesus em pé de igualdade ao amor a Deus”, destacou.
Quanto à questão da maldição do local, o psicólogo é enfático: “Quem traz bênção ou maldição para os lugares são as pessoas que os freqüentam com suas intenções. Se eu creio que o Espírito Santo habita em mim, então em todo local que eu for ele estará presente e só esse fato já tornará o local abençoado pela presença do Espírito Santo em e através de mim”, assegurou. A sexóloga Sandra Lucena revela que muitos casais nunca fizeram sexo em outro local que não seja a própria cama ou tentaram posições e toques diferentes, temendo pecar. “São casais marcados pelo silêncio, pela falta de diálogo e cuidado com o outro”, garantiu. Segundo ela, com essas situações, existem leitos maculados em lares cristãos que parecem não conhecer a graça, o perdão, o cuidado e o amor de Deus.
Ela diz que a medida do sexo saudável, e isso inclui as fantasias sexuais, está na visão que se tem de Deus, da intimidade com ele, no compromisso e conhecimento da sua vontade. “Somente os que buscam um caráter cristão encontram respostas e paz nas questões sexuais”, definiu a sexóloga.
A vida conjugal continua sendo motivo de muitas discussões, debates e dúvidas. E deverá continuar assim, já que a relação sexual de um casal é algo que se aperfeiçoa dia-a-dia. O êxito está intimamente ligado à capacidade de se expor e de dialogar, em amor. Trocas e carinhos ajudam no conhecimento um do outro, permitindo o encontro de soluções e caminhos para uma sexualidade sadia.


NÚMEROS DO PRAZER
Fonte: Instituto Paulista de Sexualidade
.  35% das mulheres sentem desejo, têm capacidade de se excitar, mas não atingem o orgasmo.
.  25% das mulheres não sentem desejo.
.  35,5% das mulheres têm outros problemas sexuais: aversão sexual, dores na penetração, vaginismo, impulso sexual excessivo, homossexualidade não-resolvida.
.  50% das mulheres que chegam ao orgasmo se excitam com a penetração. A outra metade se excita apenas se houver estimulação do clitóris.

fonte:enfoque gospel