Um pastor manchado de sangue
Alberto Dines entrevista Cláudio Guerra, ex-delegado do DOPS, autor do livro 'Memórias de uma guerra suja'
OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
Estou em Vitória e aqui, nos arredores da cidade, acabo de ouvir um dos mais tenebrosos depoimentos, talvez uma das confissões mais fortes, mais dramáticas da história recente do Brasil.
Cláudio Guerra, ex-delegado do Dops, participou ativamente na repressão, no extermínio, na matança, não fez tortura mas atribui-se a ele mais de 20 mortes. Ele contou a sangue frio seu encontro com Deus e a vontade de ajudar a buscar a verdade.
Esta é uma história que a imprensa levantou quando saiu o livro “Memórias de uma guerra suja” mas não teve coragem de tocar. E se a imprensa não levantar, essa história pode acabar mal.
Vale a pena assistir até o final. São relatos de um homem tocado por Deus. Uma página mal contada da nossa história é revelada. Muitos irão mudar seus conceitos.
Nutro muita esperança na Comissão da Verdade. É preciso fazer justiça! Parafraseando o Ariovaldo Ramos, "Perdão não é contrário de justiça. Perdão é contrário de vingança. A justiça tem que existir! ".
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